A Adoração e o Shofar.

 O que é o shofar? Já ouvi muitas definições erradas a respeito do shofar!

Sei que ainda há muita resistência ao shofar. Mas, muito dessa resistência ocorre pela falta de conhecimento, e a mesma, tem se tornado um grande obstáculo.

Alguns dizem que o shofar, é um berrante. Isto é um equívoco, pois, o berrante é usado pelo vaqueiro para reunir o gado. O shofar não é um berrante!

Quando o Espírito Santo foi derramado no cenáculo, alguns perguntaram: “Que é isso”? Já outros disseram: “Estão bêbados”.

Havia em tais expressões um tom de zombaria. Eles não sabiam o que estava acontecendo; logo, era melhor perguntar a alguém que soubesse explicar para não fazer uma análise equivocada.

Mas o que é o shofar? De que ele é feito? Para que serve? Qual o significado para nós como igreja hoje?

O shofar, mais conhecido como a trombeta Bíblica, é um dos instrumentos que o Senhor está restaurando nestes tempos.

Ele é feito do chifre do Antílope, ou o carneiro montês; e o seu nome é de raiz hebraica e significa “beleza”.

Ele difere e muito do nosso “berrante”, que é usado pelo vaqueiro, e é feito do chifre do boi.

O shofar é ministrado desde os tempos proféticos, da entrega dos Dez Mandamentos. É um instrumento que alegra o povo, trazendo gozo, muitas vezes alaridos de júbilo e faz-nos lembrar da graça do Senhor para com o povo de Israel. Também recordamos o momento em que o nosso Deus concede provisão a Abraão para que o seu filho, Isaque, não fosse sacrificado em um ato de obediência ao Senhor.

Deus então providenciou o carneiro para o sacrifício, o qual estava preso pelos chifres, indicando então a intervenção Divina no meio do povo de Israel.

Quando ministramos o shofar, nos lembramos dessa intervenção de Deus.

O shofar não tem somente importância histórica na nação de Israel, era também ministrado sempre que os israelitas ganhavam à guerra; inclusive a guerra dos seis dias; ou seja, a conquista de Jerusalém pelos soldados israelitas, em 1967, marcando o fim do tempo dos gentios.

Era usado para juntar o povo do Senhor no deserto e também para preparar o ouvido dos israelitas para estes dias, para que ouvissem a voz do Senhor e, dessa forma, deixá-los conscientes para o grande dia em que o Senhor virá.

Em I Ts. 4.16, está escrito: “Pois, dada à ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”. (NVI). Ou seja, ao som do shofar, isso irá acontecer, glória a Deus!

O som do shofar nos faz lembrar o que aconteceu na queda dos muros de Jericó e a conquista daquela cidade, quando aqueles homens tocaram juntos os shofás e os soldados deram um forte grito, Deus fez com que as muralhas da fortificada cidade de Jericó viesse abaixo para que então o povo pudesse entrar e tomar posse da promessa de Deus.

Quando ouvimos o shofar, lembramo-nos de que em Nome de Jesus, e pela autoridade do Sangue do Cordeiro, podemos entrar nas fortificações do inimigo e tomar posse das promessas e bênçãos do Senhor para nossas vidas.

O ministrar do shofar, é um ato profético que nos lembra a vitória do Senhor.

Em Joel 2. 15,16, o profeta diz: “Toquem a trombeta em Sião, decretem jejum santo, convoquem uma assembléia sagrada. Reúnam o povo, consagrem a assembléia; ajunte os anciãos, reúnam as crianças, mesmo as que mamam no peito. Até os recém-casados devem deixar os seus aposentos”.

Aqui o toque do shofar, conclamava o povo a reunir-se e arrepender-se dos seus maus caminhos e voltarem para o Senhor. E é justamente através do arrependimento verdadeiro que a igreja poderá usufruir uma vida abundante, preparando-se para a vida eterna.

Como hoje podemos aplicar tudo isso em nossa vida e na igreja?

Quando falamos sobre o shofar, pensamos nas festas bíblicas; e, acredito ser de suma importância que a igreja leia e estude sobre as festas do Senhor.

O Pr Sóstenes Mendes, escreveu um livro, (As Festas do Senhor), onde esse tema é abordado.

Ele fala a respeito das festas mencionando a quinta festa, “Trombetas”, (shofar) que faz parte da última temporada de Festas (Sukot).

O judeu usa o shofhar há 5000 anos. Para o povo judeu, Abraão é reconhecido como o Pai da Nação. O sacrifício de Isaque é uma prova cabal. No momento exato em que este homem iria imolar seu filho, em obediência a Deus, o Senhor intervém e lhe oferece um cordeiro, uma ovelha para ser imolada no lugar de Isaque. Aquele cordeiro era um anúncio profético do que viria a acontecer: o Cordeiro Jesus seria dado no nosso lugar para o sacrifício perfeito.

Diz Sóstenes, que a partir desse episódio o povo judeu começou a usar o chifre do cordeiro para tocar um som que nas regiões celestes anuncia a intervenção divina.

Os sons têm poder e função no mundo espiritual.

A Trombeta anuncia a chegada do Messias. Assim como aquele cordeiro chegou milagrosamente para salvação diante de Abraão, estamos anunciando a chegada do Cordeiro para milhares de vidas à nossa volta, e também anunciamos a chegada do Messias para a Noiva, a Igreja, em sua segunda vinda.

Ao longo dos tempos Deus tem buscado verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade.

Sabemos ainda, que o Senhor tem levantado uma igreja forte, que compreende que a adoração, é para glória de Deus, uma arma letal contra o inferno e seus demônios.

Uma igreja, que a cada dia se prepara na autoridade do Nome de Jesus para guerrear contra o inimigo, está sendo levantada. Nessa igreja eu e você temos nos tornado um grande shofhar, pois temos anunciado o Poder de Deus contra o diabo em favor de vidas.

Como nos escreve Sóstenes, “A trombeta do Senhor na terra, a Igreja, está sendo usada para anunciar também a chegada do Messias. Aleluia!

Pr. José Luiz Camargo